quinta-feira, 30 de julho de 2009

Rejeição

Quem nunca tomou um pé na bunda? Quem nunca teve de dar um?




Desde a semana passada que estou com esse tema na cabeça: REJEIÇÃO. Quem nunca passou pelo constrangimento de ser rejeitado de alguma forma? Pode ser aquele emprego que você queria e para o qual você não foi selecionado. Ou aquele relacionamento que você achava que era pro resto da vida e seu antagonista não via dessa forma. Até aquela amizade que você tinha por alguém que te rechaçou, sem você nem saber o porquê.

Você não ser escolhido, ser trocado, preterido é sempre um golpe duro. É um soco no estômago, mais ou menos forte, dependendo do quanto você queria aquela coisa. O pior da rejeição não é só não "levar o prêmio" mas é aquela sensação que fica de que você não foi bom, bonito, inteligente ou interessante o suficiente. Qualquer tipo de rejeição nos assola, destrói nossa auto-estima, nos rebaixa, nos deprime.

"O que foi que eu fiz de errado? O que foi que eu deixei de fazer?" Nos perguntamos. Muitas vezes, nada. Mas isso só vemos depois de um tempo, depois da dor dissipar. Acabamos com nós mesmos e depois, láaa na frente, vemos que não era bem assim.

A verdade é que, quando alguém não nos escolhe para algo, não significa que não somos bons. Pode significar apenas que outra pessoa era , não melhor, mas um tantinho mais adequada. Pode ser até que não exista outra pessoa "melhor", mas o momento não era o mais certo. São variáveis que afetam o resultado de algo e que nunca levamos em consideração. Nos apegamos à nossa falha, à nossa falta de algo. Acabamos com a gente mesmo assim, de "grátis".

Mas quer saber? Acho que é hora de parar. Conheço gente que é tão bem resolvida que pensa "ah é, não me quer? Quem perde é você". E acredita nisso, não só diz da boca pra fora para as pessoas admirarem (e na verdade morrem de pena). É realmente conseguir analisar e se anistiar, se isentar do que, muitas vezes, não tem nada a ver com você.

Acho que um bom passo inicial é se cuidar. Se tratar bem, se alimentar bem, se vestir bem, ser vaidosa no ponto certo, se valorizar, se amar, fazer as coisas que ama. Assim, não precisamos esperar alguém que nos faça feliz. Não precisaremos de aprovação de terceiros, de ninguém para nos dar atestado de que a gente presta. Não me quis? Vai ter quem queira! Não me deu o emprego? Tem nada não, tem algo melhor lá na frente.

Não é otimismo puro e cego. É se salvaguardar, se proteger e saber da sua capacidade, do seu talento. Eu falo isso até para me educar, porque sou a rainha de me achar uma porcaria. Exemplo: acho minhas fotos horríveis, ainda mais nesse meu sobrepeso. Mas aprendi a me ver como mãe bacana, profissional competente, amiga do peito, dona-de-casa eficiente. E, maior talento de todos, dar conta disso tudo sem pirar.

Eu tenho meu valor, assim como todos nós temos. Às vezes essas virtudes podem não combinar com o gosto de alguém. Mas foda-se. Combinará com o de muita gente. Pode crer. E, claro, o que a gente considerar que está ruim, fazer o que puder para mudar. E o que não der para mudar, aceitar. E pensar "beleza, sou melhor que isso tudo".

Um comentário:

  1. Massa!
    Adorei a super overdose de auto-estima elevada. Muita Grata pelo texto esplêndido (sem trocadilhos, rss).

    Bjocas Miloca, cara de pipoca!

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